O ano de 2020 foi atípico e quase todos os setores foram afetados pela crise econômica mundial. Claro que, neste meio, a indústria têxtil também sentiu e apresentou uma retração de 7,2%, em relação, entre janeiro e setembro de 2020, ao mesmo período de 2019. O setor sofreu tanto com a pandemia que fechou 70 mil vagas de emprego formal de março a setembro de 2020.
Esse não foi o único setor afetado. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE, a indústria brasileira teve perdas de 27,1% acumuladas em março e abril. No entanto, já está mostrando uma pequena melhoria. Em setembro, avançou 2,6%, quando comparado a agosto. Com isso, registrou a quinta alta mensal seguida
“Com o resultado de setembro, em conjunto com os avanços dos quatro meses anteriores, a produção industrial superou em 0,2% o patamar pré-pandemia, em fevereiro. Passados os meses de março e abril e com a flexibilização das medidas de distanciamento social, o setor industrial foi recuperando, mês a mês, aquele patamar”, diz o gerente da pesquisa, André Macedo.
As perspectivas do setor têxtil para 2021
Mesmo com os números desanimadores deste ano, as expectativas para 2021 são boas. Na verdade, o setor já espera que as festas de fim de ano e a tradicional promoção de black friday ajude a aquecer a demanda.
No entanto, para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), será preciso buscar alternativas para que as dificuldades sejam superadas e a lucratividade retorne. O setor precisará se adequar às necessidades atuais do consumidor e adequar a sua produção à nova realidade.
A expectativa da Abit é que o crescimento produtivo em 2021 chegue a 8,1%. Já para as vendas internas estima-se um aumento de 6,8%. A estimativa é de que as importações fiquem em torno de 5,2% do resultado esperado, e as exportações em 6,25%.
Para isso, o setor conta com as compras dos consumidores que fazem parte dos grupos de consumo B e C1. A expectativa é que eles sejam os principais responsáveis pela recuperação do setor têxtil depois da pandemia.
Na esperança uma grande demanda, o setor já pensa em voltar a gerar empregos. Espera-se que 17 mil novos postos sejam criados em 2021. Embora seja uma boa notícia, o número é muito abaixo da quantidade de postos de trabalho perdida.
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